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Ifalpa e SNA se posicionam a respeito do uso de dados do sistema ADS-B

21 de janeiro de 2020

A Ifalpa (Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea) publicou, no último dia 11 de dezembro, um posicionamento a respeito do uso dos dados obtidos através do sistema Automatic Dependent Surveillance Broadcast (ADS-B).

O ADS-B é uma ferramenta de vigilância que utiliza informações sobre identificação, posição e outras informações provenientes dos sistemas a bordo da aeronave que são transmitidas por meio de um equipamento instalado a bordo da aeronave. Para receber tais informações, basta que a estação em terra possua um equipamento receptor adequado e esteja no raio de alcance do sinal.

O ADS-B tem sido utilizado como uma forma de aumentar a capacidade do espaço aéreo através da diminuição de separações longitudinais e verticais, sem que haja comprometimento da segurança.

Recentemente, alguns pilotos estrangeiros foram convocados por uma entidade de controle de tráfego aéreo, também do exterior, para prestar esclarecimentos sobre possíveis descumprimentos relacionados a restrições de velocidade, falha no cumprimento do perfil de subida ou ainda com procedimentos relativos à falha de comunicações.

A Ifalpa destaca que os dados derivados do transponder não devem ser utilizados para fins punitivos, e sim para análises e implementação de melhorias. Além de fugir da finalidade do uso do sistema, é importante ressaltar que as transmissões de dados ADS não são codificadas, e podem ser facilmente adulteradas e possivelmente criar uma política de punição aos pilotos.

O SNA se posiciona contra o uso inadequado da ferramenta e ainda reforça que os pilotos levem em conta as seguintes recomendações:

– Cumprir rigorosamente as instruções de tráfego aéreo (proa, velocidade, razão de subida/descida, desvios meteorológicos etc);
– Se não for possível cumprir com a instrução, avisar ao órgão ATC e solicitar uma instrução alternativa;
– Em áreas remotas, se não for possível obter uma autorização, efetuar o procedimento de contingência específico para a área sobrevoada;
– Utilizar a fraseologia padrão;
– Em caso de dúvidas, questionar o órgão ATC (Say again).

O conteúdo completo da publicação pode ser acessado através do seguinte link: https://bit.ly/2uo2XTL.