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Risco iminente: o perigo dos balões não tripulados para a aviação do Brasil

21 de fevereiro de 2017

O Sindicato Nacional dos Aeronautas mais uma vez vem a público chamar a atenção para um problema gravíssimo que vem colocando em risco a segurança de voo no Brasil: a soltura de balões festivos ou não-tripulados. A presença destes artefatos nos céus do país, e em especial nos arredores dos aeroportos, pode causar uma grande tragédia aérea. 

Somente numa manhã do último fim de semana, mais de dez balões ameaçaram a segurança de aeronaves nacionais e estrangeiras na aproximação final do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. 

A situação é muito grave, como se pode verificar nos áudios do link a seguir, divulgados pelo website trafegoaereo.com.br, que mostram a perplexidade de pilotos estrangeiros e brasileiros com o avistamento de balões em momentos críticos de voo: https://goo.gl/UJiQBX.

Além de trabalhar em conjunto com a SAC (Secretaria de Aviação Civil) e com diversas autoridades em um grupo que busca soluções para mitigar o risco baloeiro na aviação, o SNA também aproveitou a oportunidade para mandar ofício não só à SAC mas também para Anac, Decea, Cenipa, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Secretárias de Segurança Pública de  São Paulo e Rio de Janeiro, concessionárias de aeroportos e empresas aéreas alertando para o risco iminente de um acidente.

Em 2016, mais de 300 balões foram reportados às autoridades aeronáuticas brasileiras sem contar os inúmeros que não foram registrados oficialmente. 

O rebaixamento do espaço aéreo brasileiro pela Ifalpa (Federação Internacional das Associações de Pilotos de Linha Aérea), ocorrido em 2016, deu início a algumas ações, especialmente por inciativa do SNA e da categoria, para atacar o problema. Porém a velocidade das autoridades na implementação de políticas efetivas de combate aos balões não vem sendo suficiente e o problema só cresce.

De imediato, o SNA pede que os pilotos reportem todos os avistamentos, para que as autoridades responsáveis tenham base de dados para tentar fazer um controle, e, como medida de contingência, recomendamos a suspensão das operações no aeroporto e o fechamento do espaço aéreo nos locais onde houver avistamento.

O sindicato se coloca mais uma vez à disposição das autoridades para colaborar no combate a esta prática e espera que o problema seja tratado com a urgência necessária, dado o risco a que estão expostos não só os tripulantes e usuários do sistema de transporte aéreo, mas também toda a sociedade.

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